É triste presenciar o empobrecimento cultural do país, com tantas influências culturais por conta da miscigenação que sempre foi á marca do Brasil, não é possível que estejamos produzindo uma cultura tão rasa, tão sem significado e tão sem importância nos dias de hoje. E aonde notamos com mais força essa tendência de empobrecimento, é na música. É praticamente impossível ouvir alguma coisa interessante, musicalmente falando, é só apologia ao sexo, ao crime e de dor de cotovelo. Não há mais poesia, nem tão pouco, melodia.
Outro aspecto que vem contribuindo para esse empobrecimento da cultura do país é o patrulhamento ideológico que prega o abominável politicamente correto em tudo que seja produzido em termos de cultura. A arte vem sendo pautada de forma sistemática, o quê vem interferindo, violentamente nas manifestações culturais, que devem sempre estar de acordo com a cartilha da patrulha de plantão e atender essa ou aquela minoria. A beleza e estética da cultura não são mais importante, importante é “lacrar” de alguma forma.
Hoje a produção da audiovisual, por exemplo, sofre uma interferência muito forte dessa patrulha ideológica, que ameaça e faz campanha de cancelamento de público, quando a produção foge dos termos impostos desta maldita cartilha do politicamente correto. E o que acabamos assistindo, invariavelmente, são produções presas a discursos ideológicos, preocupadas apenas em satisfazer a sanha desta ou daquela “minoria”, sem dar importância ao produto cultural que deveria ser produzido. A cultura virou panfleto, há muito pouco de arte nela.
Às vezes, vemos obras que teriam tudo para serem grandes, culturalmente falando, mas que se perdem porque precisam atender interesses que nada têm a ver com a cultura, vilipendiam nossas manifestações culturais, como se elas não representassem a nossa identidade cultural, muitas vezes, alteram e distorcem nossa cultura só para atender a ideologia partidária ou para enaltecer esse ou aquele grupo, dando um protagonismo que não existe de fato. A cultura é feito através dos tempos e conta a história de seu tempo.
O pior, é que a cada dia que passa, a cultura vai empobrecendo ainda mais, pois não se faz mais cultura para a eternidade, é tudo fugaz demais, não se produz nada de relevante, temos hoje uma cultura descartável, que está preocupada, apenas, em agradar “minorias” e como diz a voz corrente de hoje em dia, “lacrar” e mais nada. É triste, muito triste, ver um país com uma diversidade cultural, fantástica, se satisfazer com produções de “funks marginais” e de obras político-ideológica.
O que ficará para posterioridade? Nada, absolutamente, nada! Destruíram a cultura do país por conta de um discurso ideológico, acabaram com as produções culturais para atender as bandeiras de uma “minoria” ressentida, que quer se protagonista em tudo e a todo custo. Fabricam heróis e vilões, sem pensar na relevância cultural da obra, apenas por capricho. E assim, não produzimos nada de relevância cultural neste século e ainda fomos capazes de empobrecer a cultura do nosso país de tal forma, que hoje, mal temos uma cultura, apenas um arremedo de manifestações ideológicas.