A hipocrisia de quem quer o poder

novembro 11, 2022

Vivemos tempos sombrios, tempos em que não podemos mais expressar a nossa opinião, que somos calados pelo mínimo discurso de discordância, porém, para o espanto de quem realmente preza pela liberdade de expressão garantida em nossa Constituição, há muitas vozes que aceitam essa censura, como um ato normal para coibir os que se levantam contra a Democracia. Desde quando discordar dos atos que atacam as garantias constitucionais do cidadão é um ato antidemocrático?

Bem, essa história começa com a eleição do Presidente Jair Bolsonaro em 2018, aliás, desde a sua campanha, os contrários à sua candidatura, bradavam aos quatro cantos que era preciso não eleger um Presidente Golpista, que ele teria planos de implantar uma Ditadura no país, que iria perseguir minorias, calar seus opositores, etc, etc, etc… Pois bem, foram quatro anos em que o Presidente eleito democraticamente pelo povo, foi tratado como um farsante, um genocida de brasileiros.

Mas a máscara dos que acusavam o Presidente por atos que eles imaginavam que fossem acontecer, não demorou a cair, na primeira oportunidade os homens de preto da mais alta corte de justiça do país, apoiados por uma imprensa que sofreu os golpes da austeridade implantada pelo governo, que fechou as torneiras do dinheiro público que as sustentava, trataram de colocar freios nas ações do Presidente, ainda que para isso, rasgassem a constituição e cometessem atos inconstitucionais.

Não foi fácil governar sobre um ataque constante da mais lata corte de justiça do país, que não pestanejavam em tornar os quaisquer atos do Presidente, como ilegal, suprimindo suas atribuições de Chefe do Executivo, descritas em nossa Constituição. A pressão era intensa e insana, uma campanha de difamação da imprensa ressentida, incutia na cabeça das pessoas vitimadas pela pandemia, a culpabilidade das mortes da doença. Mas como tomar atitudes, se todas elas foram podadas, pela mais alta corte de justiça?

Só que todos os esforços para conter a popularidade do Presidente, se mostravam sem efeitos. Como conseguir tirar Bolsonaro do poder? Foi então que a mais alta corte de justiça do país sacou de sua cartada final. Em uma manobra jurídica, a Corte descondenou o Ex-presidente que estava preso e, sem cerimônias devolveram suas garantias políticas e o fizeram candidato. Eles acreditavam que só o ex-presidiário poder competir com o atual Presidente e enfim eles tiraram o Bolsonaro do poder.

Nada disso se mostrou suficiente e a popularidade do Presidente crescia cada vez mais e, quanto mais a popularidade do Presidente crescia, mais crescia os atos inconstitucionais da mais alta corte de justiça do país para minar o Presidente e tudo, é claro, com o aval e a propagação em massa da mesma imprensa ressentida. Fica cada vez mais claro que não se pouparia esforços para que o Presidente fosse eleito e, a cada manifestação do povo às ruas, aumentavam a pressão da mais alta corte, tentando coibir à vontade do povo.

Foi então que chegou a eleição, o órgão da justiça eleitoral deixou a timidez de lado, tirou a toga e deixou a mostra, a camisa que pedia a eleição do ex-presidiário e não poupou esforça para que o seu candidato fosse o vencedor, como foi, sabe lá Deus de que forma, pois no voto do povo, a gente sabe que não foi. Mas a hipocrisia dos homens que querem o poder, não tem limite, agora o povo está nas ruas contestando o resultado das eleições e o Deus todo poderoso da Justiça Eleitoral, tenta a todo custo criminalizar quem diz que houve nas eleições.

Bem, vou ter de parar por aqui, pois já expressei demais a minha opinião, e nessa “Democracia” que estamos vivendo, quem expressa a sua opinião, está correndo muito risco, pois é considerado um subversivo, um espalhador de mentiras, um antidemocrata, um criminoso. Não sei como as coisas ficarão, mas espero que as pessoas que têm o Poder de interferir nessas insanidades da mais alta corte de justiça do Brasil, cumpram a Constituição e restabeleçam a ordem e a verdadeira Democracia.


A arte não pertence a esquerda

setembro 23, 2022

É muita pretensão, uma ideologia político partidária de esquerda se achar a proprietária da arte e cultura de um país, que artistas militantes manifestem sua simpatia com o espectro da esquerda, tudo bem, mas eles não têm o direito de tomar para si a bandeira de que só a esquerda é capaz de expressar a arte e a cultura do país, artistas, enquanto cidadãos têm todo o direito de fazer sua militância, mas a pessoa enquanto artista, não; a arte deve e tem de ser feita para o Povo, sem nenhum viés ideológico partidário.

A arte e a cultura refletem a manifestação de seu povo e não a expressão de um partido político, ou de uma ideologia de esquerda, querer tomar de assalto a expressão cultural de um país, é vilipendiar o interesse da sociedade sobre o que ela entende por ser arte e o que ela quer consumir em termos de expressão cultural. Quanto mais panfletária a arte se mostra, menos qualidade cultural ela tem, pois deixa claro para o povo que ela está servindo apenas uma ideologia e não preocupada em retratar toda a sociedade.

É claro que arte e a cultura, enquanto manifestações populares têm o poder de aumentar a luz sobre os desmandos e abusos de um governo, de uma classe social e levar ao povo, as injustiças e os absurdos que uma sociedade viva, mas a esquerda, muito menos um partido, manchado pela corrupção, têm o direito de se achar, proprietários e legítimos representantes dessas manifestações populares. A arte e a cultura não devem e não podem ter partidos políticos, muito menos ideologias, pois assim, deixam de ser arte e de expressar a cultura.

Todo artista tem o direito enquanto cidadão, de expressar suas ideologias e de defender suas bandeiras políticas, pois cada um sabe de seus interesses e suas ambições, porém, todos nós sabemos que hoje em dia no país, há os artistas militantes e simpatizantes da ideologia de esquerda, fazendo campanha para que um ladrão seja eleito presidente, porque querem ter de volta, algo que eles acham que perderam. E quando esses artistas usam sua arte como expressão de sua militância ideológica, a empobrecem e deixam de ter importância para o povo.

A arte pura, não defende ideologias político partidárias, ela é feita para uma sociedade e não apenas para uma parte dela, a arte é plural, precisa falar com todas as ideologias e com cada cidadão, quando ela resolve falar apenas para uma parte, deixa de ser importante para a outra, que não a reconhece, enquanto arte e é isso que estamos vendo nos dias de hoje, alguns artistas acham que uma ideologia política partidária de esquerda é a dona da arte e da cultura do país e estão tendo de enfrentar a ira de parte da sociedade que quer esse tipo de artista.

E o quê está acontecendo com essa insistência de acharem que a arte é propriedade da esquerda, é que muitos artistas que não comungam deste mesmo pensamento e refutam essa ideologia político partidária de esquerda, estão sendo colocados em um mesmo balaio, como se todo mundo que faz arte e cultura no país, fosse um militante de esquerda querendo eleger um ladrão. Eu não! Sempre fui um artista independente, de pensamento livre, vou lutar sempre por Democracia e justiça social, mas, jamais, por uma ideologia político partidária.


A violência que nos assusta

março 11, 2022

O mundo está cada dia mais violento, as pessoas estão cada vez mais violentas, a verdade é que parece que o ódio assumiu de vez às rédeas e está fazendo estragos na vida de todo mundo, vejamos a Guerra da Rússia contra a Ucrânia, demonstra claramente o alto grau de violência que nos cerca hoje em dia. E a violência no Futebol? Assistimos, a pouco, uma luta campal entre duas torcidas no México, com vítimas fatais e ataques com pedras e bombas contra ônibus de times brasileiros que feriram jogadores. Um absurdo!

E o quê falar então, sobre a violência verbal que atinge cada um de nós nas redes sociais? Não se pode mais ter opiniões, gostos e vontades, pois, somos xingados, cancelados e odiados, ainda que o assunto seja só um assunto banal e corriqueiro. Há sempre um ato de violência a espreita, pronto para nos atacar. Assistimos as pessoas pedindo paz pelas redes, a mesma rede que todo dia incita o ódio e a discórdia entre as pessoas. A violência tem se vestido de hipocrisia para nos atacar.

Sem contar o autoritarismo governamental em que até juízes da mais alta corte, perderam totalmente o equilíbrio da balança da justiça, atacando as liberdades individuais, no mais duro golpe de violência contra qualquer pessoa. Não se pode pregar tempos de paz, incitando o ódio contra quem luta para manter seus direitos individuais preservados, mas é o quê vemos por aqui, um ataque diário, violento, disfarçado de luta pela Democracia. Não pode haver Democracia quando a liberdade de expressão é violentada.

Estamos cercados pela violência, uma violência que nos assusta, diariamente, pois já não sabemos de onde virão os ataques à nossa Paz, se seremos atacados por bombas, por fuzis, por palavras indecorosas, xingamentos e ofensas, ou até mesmo pela própria justiça. Estamos vivendo em uma encruzilhada, onde, em cada ponta da cruz, há um ser humano vestido de ódio, pronto para nos julgar e nos condenar ao primeiro movimento contrário às suas posições. Estamos cercados pela violência e não vemos uma saída.

Quando isso tudo vai terminar? Não dá para saber, pois quanto mais se busca a Paz, mais o ódio cresce e a violência nos ataca, quando pensamos que a violência já chegou a um nível mais alto, sempre vem um ataque ainda mais violento. Antes, tínhamos que enfrentar a violência resultante das injustiças sociais, hoje a violência vem de todos os lados, sem distinção de cor, sexo e de situação social, o ódio é quem dá às cartas e cada dia que passa, vemos que ele cresce mais e mais. Que Deus nos proteja!


A Liberdade não se negocia

janeiro 21, 2022

A maioria das pessoas é, por natureza, um ser covarde, vivem sempre presos à sombra de um medo que os apavora, ainda que, inconscientemente, tanto que se acham livres, mas se desesperam com a menor possibilidade de perda, qualquer perda, são capazes de serem obedientes e até de abrir mão da própria liberdade, que acham que têm, para que nada de mal lhes aconteça. As pessoas, na sua grande maioria, não gostam de correr risco, qualquer risco, mas, viver, já é um risco.

O apego às coisas é um dos grandes responsáveis para que as muitas pessoas sejam tão medrosas, vivem com medo de perder o quê construíram, o quê conquistaram, medo de perder o conforto, as regalias, os benefícios, morrem de medo da morte, bradam que amam a vida, mas não tem coragem de correr os seus riscos, se fecham em redomas que criam, e rezam para que nada lhes aconteça, ainda que o mal seja ficar trancado sem a própria liberdade.

Algumas pessoas vivem como se pudessem se esconder do mal, mas, não há como se esquivar do mal, nem mesmo abrindo mão da própria liberdade, pois há os que gostam das pessoas medrosas e covardes, para poderem colocar em prática os seus projetos de vilania, pois os covardes, são ideais, não reagem, eles aceitam tudo o quê lhes é entregue, desde que isso, possa lhe trazer uma falsa segurança, amenizando o medo que elas sentem.

Hoje, no mundo inteiro, assistimos uma geração de medrosos e covardes, que tentam fugir da morte, que não querem sentir medo de nada, que querem, a todo custo, uma falsa proteção, que até se sujeitam à vilania de quem está interessado em se manter no poder. Há uma nova ordem, que transformou os medrosos e covardes em zumbis obedientes, que dizem amém para qualquer coisa, eles têm tanto medo, que não se dão conta dos riscos que correm.

E a vida da Terra, está ficando cada vez mais complicada, pois, os que lutam para serem verdadeiramente livres, estão sendo acusados de tiranos e sofrem com insultos desses exércitos de covardes e obedientes, que, para se esconderem da morte, abriram mão de suas próprias vontades, de seus direitos individuais, de sua liberdade de opinião, em troca de uma garantia de vida que não existe, pois, se há uma certeza na Terra, é a morte.

Os medrosos e covardes, acham que são valentes, pois estão lutando contra o mal, mas, mal sabem que são pobres reféns de uma narrativa que vende o que eles mais gostam: o medo. Todo dia, o medo é plantado no inconsciente dessas pessoas e elas já nem se dão conta que já perderam a liberdade, estão enredadas na armadilha da covardia que sempre esteve presente em suas vidas e o pior é que muitos, ainda acham tudo isso, muito bom.

Só que a liberdade não se negocia, custa muito caro para você dá de graça para quem quer apenas que você sinta medo, por isso, a liberdade de algumas pessoas assusta tanto. Não se submeter à vilania de tiranos não é coisa para covardes, o preço é alto, mas, quem sabe o valor de sua liberdade, sabe que essa luta valerá à pena. E, aos medrosos e covardes, que abriram mão de serem livres, tomara que um dia não se arrependam de terem se apegado a algo que nunca valeu nada.


Quanto custa a Liberdade?

setembro 24, 2021

CENÁRIO: RUA DE UMA CIDADE

EM CENA, SENTADO NO CENTRO DO PALCO, UM HOMEM CEGO, PEDE ESMOLA ENQUANTO CANTA COM SEU VIOLÃO.

Homem          – Quanto custa a liberdade                      

                          Para quem está preso

                          Nas garras do amor?                     

UM CASAL ENTRA EM CENA DISCUTINDO.

Mulher           – Eu não aguento mais você!

Homem1       – Mas saiba que eu também não agüento mais você!

Homem          – Uma esmolinha pelo amor de Deus! Ajude esse pobre homem que está preso na escuridão!

O HOMEM1 JOGA UMAS MOEDAS NA CAIXINHA DO HOMEM.

Homem          – Deus lhe pague!

Mulher           – Eu preciso de liberdade!

Homem1       – E você não tem liberdade?

Mulher           – Não!

Homem1       – E quem lhe prende?

Mulher           – Você!

Homem1       – Desde quando?

Mulher           – Desde sempre!

Homem1       – Mas nunca prendi você!

Mulher           – Eu nunca tive liberdade!

Homem1       – Você não me ama mais?

Mulher           – Não estou falando de amor, estou falando de liberdade!

Homem1       – Amor e liberdade são um casal.

Mulher           – Nós não somos mais um casal!

Homem1       – É, você não me ama mais, acho que o nosso amor chegou ao fim.

Mulher           – Eu já disse que não estou falando de amor! Eu só quero um pouco de liberdade!

Homem1       – Se o nosso amor hoje te prende, ele não existe mais. Nunca te tirei a liberdade, você que se prendeu a mim pelo amor. Nós somos livres, mesmo presos ao nosso amor, ele tira a nossa liberdade. Achei que a gente fosse livre, ainda que juntos. Você tem alguém?

Mulher           – Eu não tenho ninguém! Eu te amo, droga! Eu só quero um pouco de liberdade! Este amor… Eu já decidi!

Homem1       – Você sempre teve liberdade! Quem te prendia era o amor e era por ele que você pensava não ter liberdade, mas você sempre teve. Eu sempre me senti livre, porque te amar sempre me deu liberdade, eu não estou preso a você, eu amo você e isso não me prende. Se o nosso amor está te prendendo, é porque o amor acabou.

A MULHER ABRAÇA O HOMEM1.

Mulher           – Eu te amo! Eu amo te amar!

Homem1       – Eu também te amo!

OS DOIS SE SEPARAM.

Mulher           – O amor não acabou, mas eu vou… Preciso ir, até para saber se minha liberdade está no amor que eu sinto por você! Eu te amo!

Homem1       – Espero que você não demore!

A MULHER SAI DE CENA POR UM LADO E O HOMEM PELO OUTRO.

Homem          – Quanto custa a liberdade

                          Para quem não sai ileso

                          Do veneno do rancor?

ENTRAM EM CENA UM HOMEM E UMA MULHER.

Homem          – Uma esmolinha pelo amor de Deus! Ajude esse homem que está preso dentro da escuridão!

Homem2       – Você é uma vagabunda!

Mulher1         – Você não é meu dono!

Homem2       – Se a gente ta junto, não tem que ficar se esfregando com um viado!

Mulher1         – A gente ta junto, mas eu sou livre, e meu amigo não é viado!

Homem2       – É um viadinho sim! Tava lá rebolando contigo.

Mulher1         – Eu não sei o quê eu vi em você! Você é nojento!

O HOMEM2 DÁ UM TAPA NA MULHER1

Homem2       – Olha como fala comigo, sua vagabunda! Agora vamos pra casa que a brincadeira acabou!

A MULHER TIRA DA BOLSA UM ESTILETE.

Mulher1         – Eu não quero mais nada com você!

O HOMEM2 VAI PRA CIMA DA MULHER1.

Mulher1         – Não encosta em mim!

O HOMEM2 TENTA AGARRAR A MULHER, QUE RISCA O ESTILETE EM SEU BRAÇO.

Homem2       – Você me cortou!

Mulher1         – Isso é só um aviso! Agora vai lá e pede pra tua amante cuidar do teu braço. Seu corno!

A MULHER1 SAI DE CENA. O HOMEM2 SAI ATRÁS DELA.

Homem          – Quanto custa a liberdade

                          Para quem tem coragem

                          De falar o que verdadeiramente pensa?

ENTRA UMA MULHER SEGURANDO UM CARTAZ DE PROTESTO.

Mulher2         – Eu quero liberdade!.. Eu quero liberdade!… Abaixo a esse bando de covardes!… Fora com esses juízes canalhas! Fora com esses políticos ladrões!… Eu quero liberdade!

ENTRA UM POLICIAL.

Policial          – Minha senhora, a senhora não pode fazer esse protesto aqui!

Mulher2         – Por quê? Agora é proibido falar o que a gente pensa?

Policial          – Minha senhora, o juiz determinou que não se pode atentar contra a democracia.

Mulher2         – Quem está atentando contra a democracia, eu? Ou esse juiz que não me deixa falar o quê penso?

Policial          – Minha senhora!…

Mulher2         – Eu quero liberdade!.. Eu quero liberdade!… Abaixo a esse bando de covardes!… Fora com esses juízes canalhas! Fora com esses políticos ladrões!… Eu quero liberdade!

Policial          – Minha senhora, se a senhora continuar com isso, vou ser obrigado a lhe levar presa.

Mulher2         – Qual é o meu crime? Falar o que eu penso?

Policial          – Bom, a senhora não me deixou escolha: A senhora está presa! Estique suas mãos!

O POLICIAL COLOCA ALGEMAS NA MULHER2.

Mulher2         – Isso é uma arbitrariedade! Isso sim é contra a Democracia!

Policial          – Ordem do juiz não se contesta, se cumpre!

Mulher2         – Eu quero liberdade!.. Eu quero liberdade!… Abaixo a esse bando de covardes!… Fora com esses juízes canalhas! Fora com esses políticos ladrões!… Eu quero liberdade!

OS DOIS SAEM DE CENA.

Homem          – Quanto custa a liberdade

                          Para quem se faz de covarde

                          E sabe bem que o crime compensa?

ENTRAM EM CENA UM HOMEM E UMA MULHER.

Homem          – Uma esmolinha pelo amor de Deus! Ajude esse pobre homem que vive preso na escuridão!

A MULHER COLOCA UMA MOEDA NA CAIXINHA DO HOMEM,

Homem3       – Você já fez a transferência do dinheiro para o Deputado?

Mulher3         – Tudo como combinado!

Homem3       – E as passagens já estão compradas?

Mulher3         – Passagem só de ida para Ilhas Caymam como o você pediu!

Homem3       – Perfeito!

Mulher3         – Mas se a polícia aparecer no escritório?

Homem3       – Fique tranqüila!

Mulher3         – Eu não quero complicação para o meu lado!

Homem3       – Não se preocupe! A Justiça joga no nosso time! Assim que me estabelecer, eu mando buscar você, benzinho!

O HOMEM3 DÁ UMA BITOCA NA MULHER3.

Homem3       – Aí, nós vamos viver uma vida de luxo no nosso paraíso!

Mulher3         – Você é meu herói!

A MULHER3 DÁ UMA BITOCA NO HOMEM3.

Homem3       – Agora é melhor eu partir, a justiça é do nosso time, mas a polícia, às vezes, não!

Mulhe3          – Então, vamos! Vou te levar ao aeroporto! Em breve estarei chegando por lá pra gente morrer de amor!

OS DOIS SAEM DE CENA.

Homem          – Quanto custa a liberdade

                          Custa o preço que você quiser

                          Às vezes custa uma vida inteira

                          Às vezes custa uma desilusão

                          Às vezes custa uma brincadeira

                          Às vezes custa dias de prisão

                          Mas, ser livre, é tudo o que se quer!

                          Só precisa estar disposto a pagar!

O HOMEM RECOLHE SUAS COISAS, SE LEVANTA E SAI DE CENA TATEANDO O CHÃO COM SUA BENGALA.

APAGUAM-SE AS LUZES. FECHAM SE AS CORTINAS.

– FIM –


A desfaçatez da Mídia e a tirana da Justiça

setembro 10, 2021

Vivemos uma Democracia de Palanque, em que a vontade do povo pouco importa e que políticos venais, imprensa, empresários, pseudo intelectuais, fechados em uma confraria, alimentam o mecanismo de corrupção para continuarem dando as cartas no poder do nosso país, e para isso, manipulam informações e contam com a tirania da justiça, para convencer o povo que a Democracia corre um sério risco.

A mais alta corte da justiça do país tirou a toga, rasgou a Constituição e se vestiu de política para determinar de forma autoritária, os rumos do Brasil, praticando diversos atos inconstitucionais, como a criminalização da opinião, o cerceamento das liberdades individuais, a censura da liberdade de expressão, efetuando prisões sem crimes, sem processos e sem condenações, agindo como acusador e juiz ao mesmo tempo, para calar seus desafetos.

Em outros tempos, pessoas e políticos fizeram muito pior contra a mais alta corte de justiça, que nem sequer se manifestou com uma nota de repúdio, fizeram-se todos, de cegos, surdos e mudos, ao contrário do que acontece hoje em dia, em que resolveram instituir uma verdade caçada às bruxas, interferindo, deliberadamente no Poder Executivo e determinando o que deve ser considerada verdade ou mentira, colocando-se como Deuses Supremo do país.

É claro que os atos inconstitucionais proferidos pelos juízes da mais alta corte não ganhariam toda essa força, se a Mídia, travestida de uma desfaçatez sem igual, não manipulasse as informações para atender certos interesses, como o de noticiar os atos como legais e muito menos não retorcesse a narrativa, na intenção de plantar perigo aonde não há, tentando, insistentemente, convencer parte da população dos perigos de uma possível quebra da Democracia.

E parte da população é de fato covarde, tem medo de tudo, tem medo de morrer, tem medo de pensar por si, tem medo de que alguém retruque suas ideias, tem medo de que os amigos desapareçam, tem medo de não ter mais turma, tem medo do medo que não há e, assim, naturalmente, essa parte da população vai tendo um comportamento de manada, repercutindo entre os seus, um ciclo vicioso, de meias verdades que mídia planta diariamente.

Para se juntar e fazer coro aos atos inconstitucionais da mais alta corte e alimentar a narrativa torta que a mídia distribui, temos os esquerdistas, por convicção e por conivência, os artistas que precisam da mídia para se manter em evidência, e aqueles que são reféns de curtidas nas redes sociais, os pseudo intelectuais, a burguesia falida e os políticos venais que, por terem o rabo preso com a justiça buscam atestar esses arroubos, para obterem benefícios em seus processos judiciais.

A verdade que alguns, insistentemente chamam de “Fake News”, é que estamos atravessando um momento muito grave em nossa sociedade, onde atos autoritários agridem a nossa Constituição, colocam em risco a opinião do cidadão, tentam cercear as liberdades individuais e atacam, ferozmente a Liberdade de Expressão, deixando tudo como mais jeito de Ditadura do que de Democracia e tudo isso acontece sob a conveniente desfaçatez da mídia, que fecham os olhos para a tirania da justiça.


Liberdade de Expressão

setembro 3, 2021

Querem calar nossa voz

Querem impedir nosso livre pensar

Agem sempre de uma forma veloz

E estão prontos para nos censurar

Não importa a hora, nem momento

Qualquer manifestação do pensamento

Qualquer retórica de protesto

Um deles brada com altivez:

Eu os impeço!

Não ataquem a Democracia

Não conspirem atos golpistas

Não sejam os negacionistas

Mas são eles que nos negam

Nosso direito para se expressar

De dar nossa opinião e se posicionar

E nos Impondo a velha mordaça

Imputam-nos crimes imorais

Acusam-nos de mentirosos

Mas são eles, os reis da trapaça

Com seus atos inconstitucionais

Que comentem seus crimes culposos

Travestidos de um autoritarismo

Não admitem que haja o contraditório

Intitularam-se os Donos da Verdade

E no mais alto grau do cinismo

Atiçam os sedentos macacos de auditório

Acostumados com as narrativas enganosas

Que fazem o coro para qualquer acusação

E parece não se importarem que haja censura

Pois a notícia verdadeira lhes é perigosa

Não querem nossa Liberdade de Expressão

Estão todos bem com essa nova Ditadura


O Conchavo e a Arte

julho 23, 2021

Um artista sempre precisou ser livre de dogmas e de ideologias para poder retratar com total isenção, a verdade da sua arte, não defender bandeiras, e nem tão pouco militar sobre causas sociais, traz a completa independência para que um artista use a sua arte para cobrar justiça social, democracia, denunciar, criticar e retratar o comportamento humano e os rumos de uma sociedade, mas usar o talento para expressar sua arte, parece não ser mais suficiente para os artistas, a menos que eles estejam dispostos a certos conchavos.

É difícil para quem opta pela independência, pelo livre pensamento, por não se deixar influenciar por conchavos ideológicos, dogmas e políticas partidárias, fazer com que a sua verdade artística chegue a um número maior de pessoas, pois a velha política da confraria entra sempre em ação, boicotando quem não compartilha da mesma cartilha de um grupo de artistas e, hoje em dia, com a politização política, o artista que não comunga da ideologia político partidária da esquerda, vai enfrentar muitas dificuldades com sua arte.

A briga do conchavo contra o talento foi deflagrada e o artista independente é o atual alvo dos que usam a arte para militar por um partido político, por políticos corruptos e por uma ideologia que cheira a naftalina, de tão velha que é, e não importa o tamanho da obra, da estrada artística percorrida, do talento, dos prêmios, se declarou independência dessa briga política, está fora do jogo, se não pode emprestar a sua arte para militância, não é um artista, artista, para essa gente é quem se transverte de militante político partidário.

A arte, para essa gente, perdeu todo o seu sentido principal, deixou de trazer na sua base, a liberdade política, religiosa e social que possibilidade ao artista criar e se expressar sem amarras, sem preconceitos, sem panfletagem, livre de conchavos para agradar a este ou aquele, ao se tornarem refém de uma ideologia política partidária, esses artistas apequenaram sua a arte e passaram a falar só para uma parte, sendo que um artista, deve verdade, deve falar para todos, mesmo que uns e outros sejam atingidos pela sua faca afiada.

Mas, a arte é, e sempre será maior que essas pessoas que se apequenaram para defender ideologias e bandeiras, a arte de verdade é livre, não faz concessões e nem conchavos, a arte é feita de talento e o talento de um artista não deve ser negociado como permuta para se fazer parte de uma confraria, a arte não está a serviço de um grupo específico, e nem tem lado, ainda que alguns achem que tenha. Eu, enquanto artista, continuarei independente, de pensamento livre e lutando sempre por democracia e por justiça social.


Uma geração infeliz

abril 9, 2021

Temos, sem sombras de dúvidas, uma geração infeliz, uma geração que não gosta de rir, não gosta de piadas, não gosta de apelidos, é triste, solitária, deprimida, que prefere destilar o ódio ao invés de semear o amor, uma geração que é cheia de direitos, mas não é capaz de assumir seus deveres, uma geração que não sabe o que fazer com a vida e como enfrentar os problemas, emocionalmente fraca e que se esconde atrás do outro para se defender.

É muito triste constatar tudo isso de uma geração e pior ainda, é assumir a parcela de culpa que a geração anterior, teve e tem, pela criação desta geração tão infeliz. Essa geração é fruto da geração anterior, que deu a esta, todas as liberdades, mas quase nenhuma responsabilidade, que por medo da crescente violência do país, a tirou das ruas e a levou para dentro de condomínios de apartamentos, a trancado em seu pequeno universo de quatro paredes.

Uma geração que não subiu em árvores, não cortou o pé em cacos de vidros enquanto jogava futebol na rua, que não sabe o que é brincar de polícia e ladrão, de jogar taco, de colocar e receber apelidos uns nos outros, de se misturar com os amigos, de sair na mão por uma ofensa e depois rir junto de tudo, andar de carrinho de rolemã, uma geração que não gosta de sair de casa, não gosta do sol, e tem dificuldades de se relacionar porque sempre viveu só.

A super proteção da geração anterior, estragou sim essa geração, que apesar de ter de tudo, todas as chances e possibilidades, toda a modernidade na mão, não consegue ser feliz e quer transferir a sua infelicidade para o outro, não sabe conviver com os diferentes e com as diferenças, tudo lhe é ofensivo, tudo lhe causa asco, tudo é preconceito, racismo, homofobia, perseguição, tudo faz mal, tudo não presta, só consegue odiar e cancelar os que lhe desafiam.

É uma pena tudo isso e ainda mais triste porque é preciso reconhecer que a geração anterior errou, é claro que não queria errar, achava que estava fazendo o certo, mas agora, não há o quê fazer, essa geração ficou chata e careta, prega por liberdade, e não sabe o que é ser livre, vive a felicidade de mentira no mundo que criou nas redes sociais, está segregada em nichos que sofrem e destilam o ódio juntos, até a trilha sonora dessa geração é de sofrimento.

E hoje, ao constatar tudo isso, bate uma nostalgia de um tempo que não vai voltar, um tempo em que ser feliz era o mais importante, que a amizade era mais sólida e que os apelidos não abalavam, um tempo em que se podia rir de tudo, de mim, do outro, de nós, um tempo em que se respeitava a opinião do outro, sem precisar odiá-lo ou cancelá-lo de nossas vidas, um tempo em que se chorava pelas coisas realmente tristes e hoje, só que o temos a fazer, é chorar de tristeza por essa geração infeliz que criamos.


A ditadura do pensamento

setembro 25, 2020

Estamos vivendo tempos tenebrosos, em que a liberdade de expressão e a opinião individual das pessoas vêm sendo duramente controlada e sofrendo constantes processos de censuras e perseguições, ninguém mais tem o direito de expressar a própria opinião e se colocar contra essa ou aquela situação, ou você segue o que uma certa minoria acredita ser o certo, ou você vai ter sérios problemas para se expressar.

O mais engraçado nisso tudo, é que o policiamento do pensamento e da opinião alheia, vem, justamente, de uma parte da sociedade que auto se denomina progressista, de vanguarda, que preza a liberdade e luta pelos direitos comuns do cidadão. É para rir mesmo! Vivem praticando um policiamento ideológico e censurando a opinião e o pensamento alheio, depois discursam em nome da democracia e da liberdade de expressão.

Em que parte desse discurso auto intitulado de progressista, está a liberdade de expressão? A pior e a mais cruel ditadura que existe no mundo, é a ditadura do pensamento, quando o cidadão perde o seu direito de expressar sua opinião e é impedido de tomar suas posições de acordo com o seu pensamento, esse cidadão perdeu de vez a sua liberdade. A independência de pensamento é a maior liberdade de um cidadão.

Em hoje em dia, esse tem sido a grande luta que precisa ser travada, mas que alguns ainda não deram a devida importância, muitos ainda não enxergaram o perigo que estão correndo e, quando se derem conta, já não mais pensarão e nem opinarão por conta própria. A tática de acusar a opinião e o pensamento alheio de ofensivo à liberdade e aos direitos à minoria é uma arma muito competente para quem não está atento.

Quem quer ter seus direitos preservados, precisa antes de tudo, defender a sua liberdade de expressão e o seu direito de expressar a sua opinião, ainda que esta seja diferente e discordante da que pensam esses que estão interessados, apenas, em que seja produzido um pensamento monocórdio no país, em que as liberdades e os direitos estão apenas sobre o domínio de suas vontades. Não retrucar esse discurso é correr o risco de ficar sem voz.

É claro que a batalha não é fácil, às vezes a luta é até desleal, mas a verdade é que, para quem quer ser livre para pensar e emitir suas próprias opiniões, é precisa, antes de tudo, não cair nas armadilhas do discurso desses auto denominados progressistas, que acusam o outro de querer impor seus pensamentos e suas vontades à sociedade, quando estas são as suas reais intenções. Aquele que é livre para pensar e decidir, jamais será prisioneiro de uma ditadura do pensamento.