Cuidado com os lacradores

janeiro 6, 2023

De uns tempos para cá, surgiu uma nova espécie de criatura entre nós, os lacradores, eles são pessoas que se consideram as melhores pessoas que existem na face da Terra, só eles é que sabem o quê é o amor, o quê é o bem, são juízes da vida alheia, julgando e condenando quem não vive de acordo com o que eles determinaram como correto, exalam virtudes e estão sempre apontando o seu dedo podre para todos, a todo o momento.

Essa gente, na verdade, é o que existe de pior em nossa sociedade, é uma gente sórdida, falsa moralista, hipócrita, que deseja o mal a todos que elas não gostam, são um poço de amargura e ódio represados, que não conseguem imaginar que alguém possa ser feliz vivendo de um jeito diferente que ela fantasiou em sua cabeça oca, essa gente só enxergam um lado dos fatos e, é claro, que o lado bom é que elas enxergam.

Vivem querendo impor comportamentos, atitudes e maneiras de se viver, vigiam a vida de todos e estão sempre atentas para apontar um deslize que o outro cometa, porque elas, elas nunca cometem deslizes, elas são perfeitas, a imagem e a semelhança de Deus. A razão sempre está com elas, eles são os donos da verdade, jamais ouse dizer ao contrário, pois elas são perfeitas, elas não têm defeitos, e ai de quem não respeitar ou tiver uma opinião contrária.

Os lacradores se imaginam assim, uma espécie de anjo em alma de santo, um destemido defensor das boas maneiras, boas maneiras estas que eles não têm, pois basta serem contrariados que eles deixam cair suas máscaras de bons samaritanos e destilam todo o seu veneno, ódio, preconceito, quando não apelam para vitimização e gritam aos quatro cantos que eles é que estão sofrendo perseguição e preconceito.

Na verdade, não há nada pior de que um lacrador, é a pessoa mais baixa e mais insignificante que existe na face na Terra, alguém que rasteja para conseguir curtidas em publicações, que precisa ser amada pelas pessoas, que precisa que os outros as achem importantes, mas não são nadas, são pessoas tristes, amargas, vazias e sem nenhum importância para a sociedade, pois elas não sabem conviver com quem pensa e vive diferente delas.

O pior, é que gente desse tipo tem se proliferado como praga, aonde você vá, sempre vai encontrar um lacrador querendo determinar o quê é certo, o quê é errado, onde está o bem e quem faz o mal, pois os iguais a ele são incapazes de cometer maldades com seu semelhante. Um lacrador é uma pessoa infeliz pela natureza que escolheu pra si, pois a felicidade que ele exala é instantânea, só vem quando consegue destruir a índole e o caráter de alguém.

Por isso, hoje precisamos ter muito cuidado com aqueles que nos cercam, pois um lacrador é capaz de tudo para conseguir ser notado, até mesmo espalhar mentiras sobre vocês, sobre seus amigos e o sobre as suas vidas. Olhos sempre atentos, pois um lacrador não está interessado se vocês vão sofrer ou não, ele não tem coração, ele tem veneno na língua e uma inveja profunda de quem consegue viver sem precisar pisar na cabeça do outro.


A constatação que somos um país de bandidos

dezembro 29, 2022

Terminamos o ano com a triste constatação de que somos uma sociedade formada por pessoas que perderam todas as suas referências do que seja virtude, do que seja ético, do que seja moral e do que seja legal, assistimos parte desta sociedade, abraçar um projeto criminoso de recolocar no poder, uma quadrilha que saqueou todas as instituições do governo e fizeram uma verdadeira lavagem de dinheiro, desviando verbas públicas para interesses pessoais.

É mais triste ainda, constatar que essa parte da sociedade que fechou os olhos para a criminalidade, veste a roupa da hipocrisia e desfila uma falsa face de quem luta pelo bem contra o mal, que se julga a defensora do amor e da democracia, mas que não perde uma oportunidade para apoiar a ilegitimidade da justiça que caça sem processos, que manda prender quem tem opinião, que faz coro chamando de antidemocratas, aqueles que não aceitaram ser roubados para colocar à força, um ladrão de volta ao poder.

Somos uma sociedade que foi partida ao meio por obra de pessoas que não tiveram a vergonha e a decência de fraudar a eleição para entregar o país a uma quadrilha de políticos corruptos que devastaram as contas do país por anos e anos, e fizeram isto, talvez, por um simples capricho de quererem eliminar a qualquer custo, pagando o preço que fosse, quem estava no meio do caminho atrapalhando o velho e bom andamento da corroída máquina do governo e seu sistema de desvio de dinheiro público.

Hoje vivemos em um país, dividido em duas verdades, uma que está lutando, desesperadamente para manter a ordem, a justiça, a ética, a moral, os valores cívicos e os direitos das pessoas, e um outro que está ao lado dos bandidos, que apóia a censura, às prisões sem processos de pessoas trabalhadoras e de empresários que investem no país, que se julgam do bem, pelo amor, mas que não respeitam o direito de ninguém, que cerceiam a liberdade e apóiam todas as atrocidades da justiça como se essas fossem legítimas.

O que fica no fim deste ano tão triste, é a sensação que nunca mais seremos a mesma sociedade, eles destruíram o nosso país, pois tudo que aconteceu, desnudou a hipocrisia, a mentira e a arrogância de uma parte da sociedade que se acha superior, mas que rasteja aos pés dos bandidos, dos corruptos, dos foras da lei, que são zumbis que dizem amém para toda e qualquer narrativa distorcida e que são papagaios que repetem a todo momento as bobagens que escutam, pois perderam totalmente o discernimento e a razão.

O ano que chega será novo, mas será um ano muito difícil, não haverá como conviver pacificamente com pessoas que se mostraram tão pequenas, tão mesquinhas e egoístas e, acima de tudo, tão influenciáveis, a ponto de acharem normal, uma eleição roubada, uma justiça injustiça, um bandido presidente e uma quadrilha no poder. Não haverá nada que cure essa ferida aberta, nem mesmo o arrependimento de alguns, ou o despertar de outros tantos, de que foram enganados, o país que a gente conhecia, morreu este ano.


A hipocrisia de quem quer o poder

novembro 11, 2022

Vivemos tempos sombrios, tempos em que não podemos mais expressar a nossa opinião, que somos calados pelo mínimo discurso de discordância, porém, para o espanto de quem realmente preza pela liberdade de expressão garantida em nossa Constituição, há muitas vozes que aceitam essa censura, como um ato normal para coibir os que se levantam contra a Democracia. Desde quando discordar dos atos que atacam as garantias constitucionais do cidadão é um ato antidemocrático?

Bem, essa história começa com a eleição do Presidente Jair Bolsonaro em 2018, aliás, desde a sua campanha, os contrários à sua candidatura, bradavam aos quatro cantos que era preciso não eleger um Presidente Golpista, que ele teria planos de implantar uma Ditadura no país, que iria perseguir minorias, calar seus opositores, etc, etc, etc… Pois bem, foram quatro anos em que o Presidente eleito democraticamente pelo povo, foi tratado como um farsante, um genocida de brasileiros.

Mas a máscara dos que acusavam o Presidente por atos que eles imaginavam que fossem acontecer, não demorou a cair, na primeira oportunidade os homens de preto da mais alta corte de justiça do país, apoiados por uma imprensa que sofreu os golpes da austeridade implantada pelo governo, que fechou as torneiras do dinheiro público que as sustentava, trataram de colocar freios nas ações do Presidente, ainda que para isso, rasgassem a constituição e cometessem atos inconstitucionais.

Não foi fácil governar sobre um ataque constante da mais lata corte de justiça do país, que não pestanejavam em tornar os quaisquer atos do Presidente, como ilegal, suprimindo suas atribuições de Chefe do Executivo, descritas em nossa Constituição. A pressão era intensa e insana, uma campanha de difamação da imprensa ressentida, incutia na cabeça das pessoas vitimadas pela pandemia, a culpabilidade das mortes da doença. Mas como tomar atitudes, se todas elas foram podadas, pela mais alta corte de justiça?

Só que todos os esforços para conter a popularidade do Presidente, se mostravam sem efeitos. Como conseguir tirar Bolsonaro do poder? Foi então que a mais alta corte de justiça do país sacou de sua cartada final. Em uma manobra jurídica, a Corte descondenou o Ex-presidente que estava preso e, sem cerimônias devolveram suas garantias políticas e o fizeram candidato. Eles acreditavam que só o ex-presidiário poder competir com o atual Presidente e enfim eles tiraram o Bolsonaro do poder.

Nada disso se mostrou suficiente e a popularidade do Presidente crescia cada vez mais e, quanto mais a popularidade do Presidente crescia, mais crescia os atos inconstitucionais da mais alta corte de justiça do país para minar o Presidente e tudo, é claro, com o aval e a propagação em massa da mesma imprensa ressentida. Fica cada vez mais claro que não se pouparia esforços para que o Presidente fosse eleito e, a cada manifestação do povo às ruas, aumentavam a pressão da mais alta corte, tentando coibir à vontade do povo.

Foi então que chegou a eleição, o órgão da justiça eleitoral deixou a timidez de lado, tirou a toga e deixou a mostra, a camisa que pedia a eleição do ex-presidiário e não poupou esforça para que o seu candidato fosse o vencedor, como foi, sabe lá Deus de que forma, pois no voto do povo, a gente sabe que não foi. Mas a hipocrisia dos homens que querem o poder, não tem limite, agora o povo está nas ruas contestando o resultado das eleições e o Deus todo poderoso da Justiça Eleitoral, tenta a todo custo criminalizar quem diz que houve nas eleições.

Bem, vou ter de parar por aqui, pois já expressei demais a minha opinião, e nessa “Democracia” que estamos vivendo, quem expressa a sua opinião, está correndo muito risco, pois é considerado um subversivo, um espalhador de mentiras, um antidemocrata, um criminoso. Não sei como as coisas ficarão, mas espero que as pessoas que têm o Poder de interferir nessas insanidades da mais alta corte de justiça do Brasil, cumpram a Constituição e restabeleçam a ordem e a verdadeira Democracia.


A impossibilidade da discordância

junho 18, 2021

Às vezes até parece que não vivemos tempos democráticos, se considerarmos a independência das instituições, sempre fica uma dúvida, e o quê vemos se desenhar nas entrelinhas das decisões, é uma crescente tentativa de se  instalar uma ditadura do pensamento e do comportamento e tudo isso vem de quem brada por liberdade, de quem prega a igualdade, os direitos de manifestação e a liberdade de opinião.

Essa polarização política e todo esse quadro de disputa política e ideológica que vivemos, tem desnudado o discurso hipócrita de uma parte da esquerda reacionária e canalha que quer impor ao outro, ainda que seja na força, a impossibilidade de ser do contra, eles não aceitam opiniões contrárias e, muito menos, se rendem aos argumentos da coerência e do discernimento de quem enxerga os dois lados da situação.

Eles não querem a concordância de nada e com ninguém, eles querem a imposição de suas idéias, de suas opiniões, de seus pontos de vista e lança sobre a população uma tonelada de narrativas hipócritas e frases de efeitos, numa clara tentativa de doutrinação de sua ideologia, o pior, é que parte da população, fustigada pelo ódio que eles incitam diariamente, se deixam levar pelos seus discursos hipócritas e reacionários.

É claro que o Governo Federal não é gerido, neste momento, por alguém com discernimento e com a devida maleabilidade para que possamos praticar uma convivência pacífica no país e deixar com que as disputas políticas transitem pelo campo das ideias e não pelo pensamento quem vem da bílis, porém, o que vemos da oposição, é o radicalismo que querer leva de volta ao Governo, alguém que já foi comprovadamente condenado. O ódio, cega a razão.

A verdade é que a grande parte da esquerda reacionária e boa parte da ala radical que dá sustentação ao Governo Federal subestimam demais a inteligência da maioria da população, eles têm a convicção que vão conquistar alguma coisa a mais com essa polarização política e com essa disputa de quem vai conseguir calar a voz dos que não caem nas armadilhas dos discursos ideológicos e das narrativas hipócritas que eles lançam, diariamente.

A hipocrisia da esquerda canalha e o autoritarismo inconsequente do Governo Federal deixam bem claro que o Brasil necessita, urgentemente, encontrar uma via de conciliação, de alguém que entenda que as disputas devam ficar no campo das idéias e dos argumentos coerentes, sem imposição de ideologia político-partidária, nem tão pouco de uma ameaça de ditadura que tenta, todo dia, impossibilitar que o cidadão manifeste a sua discordância.


Os radicais querem guerra

junho 4, 2021

O Brasil sempre teve uma relação política amistosa, ainda que com discussões acaloradas, as disputas não ultrapassavam o limite civilizado da defesa dos pontos de vistas ideológicos divergentes, mas, as coisas saíram do controle quando o Congresso confirmou o impeachment da Ex-Presidente Dilma e a operação Lava-Jato desnudou o esquema de corrupção implantado no país e que culminou com a condenação e prisão do Ex-Presidente Lula.

A partir deste ponto, o Brasil perdeu a paz política e na esteira da derrocada da esquerda que tinha sim, um projeto de se perpetuar no poder, cresceu uma direita raivosa, que se sentia reprimida e sem voz nos anos de poder da esquerda no país. E essa direita veio carregada de radicais ressentidos e com uma sede de vingança, contra tudo aquilo que achavam estar errado na condução do país e até mesmo na vida dos brasileiros.

A partir da eleição do Presidente Bolsonaro, o clima de caos aumentou consideravelmente e a argumentação através do diálogo, de opiniões e de pontos de vistas, perdeu totalmente o espaço para os ataques de ódio de lado a lado e o Brasil foi empurrado de vez para os extremos de uma luta pelo poder insana, que deixou a verdade de fora. A cada dia, mais e mais o ódio de lado a lado foi sendo alimentado até chegar ao ponto em que estamos nos dias de hoje.

Até mesmo a Pandemia que está arrasando o mundo inteiro, que deveria servir para esfriar os ânimos e colocar panos quentes nas disputas políticas dentro do país, se tornou mais um estopim para colocar ainda mais gasolina no incêndio da política brasileira e o que se passou a ver, foi uma briga interminável de narrativas hipócritas, de discursos demagógicos, de insultos e acusações e de um crescente fervor de uma disputa ainda maior pelo poder.

Diante desse quando que se instalou no país, os radicais tomaram à frente dos discursos e de lado a lado manipulam às pessoas com suas mentiras, com a indução do medo e com o discurso sem nenhum compromisso com a coerência, em uma visível luta de cabo de guerra, com cada qual, buscando o narrativa mais hipócrita que o outro para manipular o maior número de pessoas para o seu lado da disputa.

E do jeito que as coisas estão caminhando por aqui, fica muito difícil, se acreditar em novos tempos de PAZ, o que se vislumbra em um horizonte não muito distante, é na verdade, tempos de GUERRA, pois, a cada dia que passa, cresce a hostilidade, aumenta a falta de respeito às opiniões divergentes e a total falta de respeito com o ser humano de uma maneira geral, Atualmente, mais nada importa, a não ser essa luta ensandecida pelo poder que está sendo travada pelos radicais de lado a lado e que destruiu o Brasil.


A narrativa da hipocrisia

maio 28, 2021

A politização política colocou o país de cabeça para baixo e o Brasil de outrora, só mesmo na memória das pessoas. Hoje, a vida está carregada de uma narrativa hipócrita, imposta por uma gente que está preocupada apenas em desnudar quem está no poder, para assim ocupá-lo de novo. Pena de quem acha que essa gente está lutando pelos seus direitos, pela verdade, por uma nova ordem, o quê eles querem, não tem nada a ver com o povo.

É possível se ver a olho nu, o quanto a demagogia política está escancarada, com pessoas de caráter duvidoso, respondendo a processos, condenados e colocados em liberdade pela mais alta corte do país, sabe se lá por qual preço, manipulando uma narrativa de acusações, de catástrofes, de descontrole, de desgoverno, com o único objetivo de implantar o caos, apavorar a população, para se colocarem como os salvadores da Pátria.

Agora essa gente já nem disfarça mais as suas intenções, elas são as mesmas raposas, com as mesmas roupas, com as mesmas táticas, com a velha e surrada narrativa hipócrita, uma gente sem caráter, que está assaltando os cofres do país há mais de três décadas, uma confraria de bandidos, que pensam que ainda conseguem iludir a população. Só uma parte se deixa iludir por essa gente, os ignorantes, ou os sem caráter.

Como essa gente pode acreditar que haja tantos ignorantes no país, a ponto de acharem que ainda são capazes de manipular a opinião pública? Discursos e frases de efeitos já não são suficientes, pois o povo sabe muito bem o que essa gente fez nos governos passados. Ninguém, em sã consciência esquece. Essa gente ainda acredita que o povo não tem memória, que acredita nas suas meias verdades. Já conhecemos de cor a hipocrisia de suas narrativas.

O que é lamentável neste quadro tão grave em que vivemos, é constatar a falta da honestidade da imprensa, que manipula narrativas, distorce a verdade dos fatos, cria um noticiário que privilegia o caos, espalha o medo e compactua na divulgação da narrativa hipócrita dessa gente que quer tomar o poder à qualquer custo, nem que para isso tenha que destruir o país inteiro. Mas, os tempos já são outros e as mentiras já são todas conhecidas.

Essa gente faz parte de uma minoria barulhenta, que por fazer tanto barulho, não escuta mais o povo, só tem ouvidos para escutar o eco da sua narrativa hipócrita que ela repete, repete e repete. Vão ficar roucos de tanto gritar, pois, não há mais espaço na vida dos brasileiros, para essa gente sem caráter, que aparelhou o Estado, que comprou o Congresso, que chantageou o Supremo e ainda acha que é a melhor solução para o país.


O relativismo dos tempos atuais

março 13, 2020

Realmente o povo brasileiro perdeu a mão e tudo por conta de uma polarização idiota, oriunda do campo político, que semeia o ódio e tira a capacidade cognitiva das pessoas de analisar uma situação, ainda que queira falar de amor o povo brasileiro se expressa com ódio, apenas para impor sua opinião, sempre atrelada ao seu lado da corrente política, a verdade é que se perdeu totalmente o senso do que seja a verdadeira justiça.

Diante da revelação dos fatos de uma entrevista que tinha como objetivo comover as pessoas sobre o abandono ficou claro o quanto a polarização política interferiu e interfere, nas opiniões dos brasileiros, mostrando que uma parte, deixou o senso de justiça de lado e abraçou o relativismo da situação, querendo colocar panos quentes em uma situação que desnudou a face de uma pessoa perversa.

Como um crime hediondo contra uma criança, pode ser menos grave do que a solidão de quem o cometeu? Não cabe relativismo em situação tão grave quanto esta. Se uma parte vive defendendo e lutando contra a cultura do estupro, contra a pedofilia, contra a violência contra criança, como pode essa parte faz coro na defesa do criminoso? Ou só porque a piedade veio de alguém do mesmo lado, ela foi a ação correta?

Mas a polarização política fez deste caso um ato político ao invés de se ter senso de justiça e deixou claro que uma parte da população brasileira não está realmente preocupada com os crimes, pois, ao relativizar uma situação tão grave, desnudou uma face hipócrita dessas pessoas que acham sempre certas,, justas e corretas, quaisquer ações realizadas pelos seus pares, pregaram o amor, mas fomentam o ódio diariamente.

Ainda não consegui assimilar esse desvio de parte da sociedade, do que seja senso de justiça, pois pedem tanto por justiça, mas na hora que deviam se levantar, preferiram ficar do lado de um criminoso, mostrando também, a incapacidade que essas pessoas tem, em admitir que seus pares erram, tanto quanto quaisquer outro. A questão nem foi o abraço, foi a conivência com o equívoco da ação que deveria ter sido execrada sumariamente.

O que fica de lição, pelo menos pra mim, é que a sociedade brasileira, infelizmente, não comunga mais dos mesmos preceitos do que seja justiça e que está, cada vez mais nítido, o relativismo de parte da população, que aceita calada, ainda que tudo esteja errado, às ações executadas por ou para alguém da mesma turma e depois quer se levantar pedindo justiça. Justiça não tem partido, justiça não tem ideologia, ou se faz justiça, ou se é hipócrita.

Quando se quer justiça apenas para os seus, não se luta por justiça, faz do relativismo, a arma e a voz para querer, para si, os benefícios e as benesses de quaisquer ações. Enquanto uma parte da população insistir em achar justo apenas o que agrada a sua parte, nunca teremos de fato justiça. Os erros e os crimes de quaisquer que seja, não devem ser relativizados a preço nenhum, nem por um abraço, nem por boa intenção, muito menos por piedade.


A hipocrisia dos tempos atuais

agosto 23, 2019

Não consigo identificar em qual parte da jornada, nossa sociedade perdeu por completo, a capacidade de compartilhar a inocência da vida, o amor verdadeiro e a compaixão entre os seus semelhantes. Hoje vivemos na sociedade mais hipócrita de todos os tempos, onde pessoas são capazes de postar nas redes sociais para pedir que se salve uma floresta, mas são incapazes de respeitar o direito individual do seu semelhante. Que sociedade é essa?

Uma sociedade formada por pessoas emocionalmente fracas, que postam fotos sorridentes nas redes sociais, mas que não conseguem conviver com àqueles que pesam de forma diferente. Pessoas que se vitimizam em quaisquer situações, culpando sempre o outro de suas derrotas e de seus desvios de comportamento, esbanjam cidadania para “lacrar” nas redes sociais, mas não conseguem parar na faixa para deixar o outro atravessar a rua.

Uma sociedade em que muitos vomitam regras de comportamentos e de como seria o jeito correto de se viver, mas que morrem sufocados com o regozijo de suas atitudes, quase sempre, não condizentes com seus discursos, feitos para acompanhar a massa hipócrita que quer ditar o jeito de ser. Mas a verdade, é que não há mais amor entre as pessoas, vemos o ódio alimentar, diariamente, o monstro que engoliu a sociedade que podíamos ser.

Parece que não cabemos no mesmo lugar, de tanto ódio que nutrimos um pelo outro e a hipocrisia se faz ainda mais aparente quando a incapacidade de entender que o outro tem os mesmos direitos, dá a sua cara, e o melhor lugar para se enxergar isso, é no trânsito, podem reparar. No trânsito, a hipocrisia da sociedade se faz presente, não se respeita o direito do outro, toda regra é feita apenas para atender a mim, o outro é que se dane.

No trânsito conhecemos a verdadeira falta de civilidade das pessoas que postam mensagens de amor nas redes sociais para mostrarem aos outros, o quanto são do bem. Uma sociedade hipócrita, isso é o que somos! Uma sociedade, que na vida real, não consegue respeitar o mínimo da regra da boa convivência, que está sempre pronta para o enfrentamento, que quer a briga, não o abraço, que prefere o ódio não o amor.

Por quanto tempo vamos nos aturar como sociedade? Será que vamos nos aturar novamente? Será que ainda seremos uma sociedade em que o amor virá antes do ódio? Em que as pessoas sejam capazes de respeitar umas às outras, mesmo que elas não sejam quem queiramos que fossem? Será que um dia o discurso que invade as redes sociais será praticado diariamente na vida real? Até quanto tempo durará toda essa hipocrisia?

Espero muito, que todo esse sofrimento, todas as angústias, às crises de ansiedade, a impaciência, a intolerância, a falta de compaixão que alimentam, hoje em dia, o ódio das pessoas, sejam capazes de expurgar essa hipocrisia da vida de cada um e que ainda, de alguma maneira, possamos conviver com um mínimo de respeito um com o outro, sendo o menos hipócrita possível, buscando alinhar nossos discursos às nossas atitudes e aceitando que nem sempre estamos certos e temos razão.


O mundo cor de rosa das redes sociais

março 1, 2019

A popularização das redes sociais foi um marco na vida da sociedade, ajudou a aproximar pessoas, a encontrar amigos de infâncias, parentes desconhecidos, ajudou a fazer novas amizades, criar novos laços, também ajudou a estreitar a distância de quem está longe e deixou mais acessível à comunicação para todos e entre todos, nasceu então, o mundo perfeito, feito de pessoas perfeitas, que só fazem o bem e estão sempre felizes.

Um mundo cor de rosa, um ideal inatingível na vida real, onde as pessoas ficaram livres para darem suas opiniões, expressar suas crenças, protestar contra as injustiças, as discriminações, a violência, um mundo aonde situações constrangedoras foram combatidas e combatíveis, e que nenhuma pessoa ficou sem voz, um mundo sem bandidos, só mocinhos de bons corações preocupados no bem-estar do outro.

Mas uma ferramenta que surgiu como uma revolução que dava um novo rumo na era da informação foi aos poucos se mostrando nociva na vida das pessoas, se mostrar feliz e que se está de bem com a vida, se tornou o objetivo, toda ação das pessoas na vida real, era, e ainda é, infelizmente, imediatamente publicada no mundo cor de rosa das redes sociais, a ida ao banheiro, o sono, a comida, o penteado novo, a viagem, os momentos de festas, de alegria…

E o que aconteceu? Muitas pessoas perderam a noção da vida real, e se esqueceram que a felicidade é uma fagulha que risca o dia ou à noite e às vezes nos pega pelo caminho para dar esperança para continuar nossa jornada e que o dia a dia não é feito de festas, de glamour, de atitudes boas, a vida real é cruel, as pessoas são cruéis, há violência, racismo, homofobia, falta de respeito, vingança, inveja e tudo que causa mal às pessoas.

Talvez, na tentativa de se esconder dos problemas reais, ou na covardia de não encarar as agruras da vida, muitos apostaram em viver a vida de faz de conta que inventaram nas redes sociais, que não estão dando mais conta de enfrentar as adversidades reais da vida, se vitimizam por tudo e com tudo, criam discursos politicamente corretos, se mostram fazedoras do bem e atacam as pessoas reais que estão em desacordo do mundo cor de rosa que criaram.

E a cada dia que passa, as pessoas se mostram mais conectadas, mais engajadas em uma pseudo-rede do bem, mostrando um discurso uníssono de benemerência desarticulado e feito para, como se diz nas redes sociais: “lacrar” sobre a polêmica da hora, mas estão cada vez mais longe do mundo real, das pessoas reais, dos problemas reais e usam o mundo cor de rosa que criaram, para se esconderem da vida, que pulsa e que pede coragem.

A vida não é esta que é postada, os problemas não são os “fake news” que criam para gerar polêmica, a vida tem mais cor do que este básico cor de rosa que colore este mundo virtual que as pessoas criaram para se convencerem que só assim serão felizes de verdade. Eu ainda prefiro viver a vida real, enfrentar os dilemas da vida real e as discordâncias de opiniões das pessoas reais, os dias de tempestades e as discussões de verdade, sem “mimimis” ou “nhenhenhems”.


Nunca seremos o país que queremos ser

fevereiro 16, 2018

Nunca seremos o país que queremos ser, pois somos feito de um povo hipócrita, que só pensa em levar vantagem, que dá bananas para os valores, que não se importa com a cidadania, não respeita o outro e cuja ética termina antes mesmo do meio dia.

Achamos normal que se roube o sinal da TV a cabo, da luz, da água.

Achamos normal que se compre CD’s, DVD’s e brinquedos piratas.

Reclamamos dos altos impostos e não nos furtamos a sonegar o Imposto de Renda. Não damos recibos e nem Notas Fiscais.

Estamos sempre pronto para criticar o trabalho do outro, ainda que não saibamos como é que se faz.

Reclamamos que não temos empregos, mas quando estamos empregados queremos fazer acordo para ficar recebendo o seguro-desemprego.

Não queremos que os outros tenham privilégios, mas não abrimos mão dos nossos.

Somos contra o aborto, mas a favor da pena de morte.

Queremos paz em nossas ruas, mas lutamos pela posse de armas do cidadão.

Somos contra o capitalismo selvagem, mas não largamos mão do nosso iphone.

Achamos que os políticos são corruptos, mas os nossos, não, são perseguidos!

Estamos de acordo com aquilo que nos agrada, se nos desagrada, não presta.

O erro do meu amigo é correto, o acerto do meu inimigo é desvio de caráter.

Queremos que se faça justiça, mas só contra os nossos inimigos.

O dinheiro é sujo, mas nos ajudou, tá limpo!

O que é tem estacionar na vaga de deficiente? É rapidinho!

Tudo é normal, furar filas, estacionar em fila dupla, saquear caminhão quando este é assaltado, fazer xixi nas ruas, estamos sempre prontos para por em prático o jeitinho brasileiro de ser.

Chegamos até ficar comovidos com a lição de ética e cidadania panfletária feita com o dinheiro da contravenção em pleno carnaval.

Somos até capazes de acreditar na inocência de um ex-presidente condenado!

É, não existe no mundo um povo cuja ética tenha tanta elasticidade.

Queremos só aquilo que nos convém, na hora que nos convém e do modo que nos convém. Atrapalhou nossa vida, o outro já não presta. Somos um povo criado na base do desvio de caráter e permitimos, aliás, achamos até normal, certos comportamentos e certas condutas, que estão impregnadas em nós até a nossa alma, por isso, enquanto não eliminarmos os maus costumes que nos permite termos ética só até o meio dia, jamais seremos um país que queremos ser.