O empobrecimento cultural do país

novembro 17, 2023

É triste presenciar o empobrecimento cultural do país, com tantas influências culturais por conta da miscigenação que sempre foi á marca do Brasil, não é possível que estejamos produzindo uma cultura tão rasa, tão sem significado e tão sem importância nos dias de hoje. E aonde notamos com mais força essa tendência de empobrecimento, é na música. É praticamente impossível ouvir alguma coisa interessante, musicalmente falando, é só apologia ao sexo, ao crime e de dor de cotovelo. Não há mais poesia, nem tão pouco, melodia.

Outro aspecto que vem contribuindo para esse empobrecimento da cultura do país é o patrulhamento ideológico que prega o abominável politicamente correto em tudo que seja produzido em termos de cultura. A arte vem sendo pautada de forma sistemática, o quê vem interferindo, violentamente nas manifestações culturais, que devem sempre estar de acordo com a cartilha da patrulha de plantão e atender essa ou aquela minoria. A beleza e estética da cultura não são mais importante, importante é “lacrar” de alguma forma.

Hoje a produção da audiovisual, por exemplo, sofre uma interferência muito forte dessa patrulha ideológica, que ameaça e faz campanha de cancelamento de público, quando a produção foge dos termos impostos desta maldita cartilha do politicamente correto. E o que acabamos assistindo, invariavelmente, são produções presas a discursos ideológicos, preocupadas apenas em satisfazer a sanha desta ou daquela “minoria”, sem dar importância ao produto cultural que deveria ser produzido. A cultura virou panfleto, há muito pouco de arte nela.

Às vezes, vemos obras que teriam tudo para serem grandes, culturalmente falando, mas que se perdem porque precisam atender interesses que nada têm a ver com a cultura, vilipendiam nossas manifestações culturais, como se elas não representassem a nossa identidade cultural, muitas vezes, alteram e distorcem nossa cultura só para atender a ideologia partidária ou para enaltecer esse ou aquele grupo, dando um protagonismo que não existe de fato.  A cultura é feito através dos tempos e conta a história de seu tempo.

O pior, é que a cada dia que passa, a cultura vai empobrecendo ainda mais, pois não se faz mais cultura para a eternidade, é tudo fugaz demais, não se produz nada de relevante, temos hoje uma cultura descartável, que está preocupada, apenas, em agradar “minorias” e como diz a voz corrente de hoje em dia, “lacrar” e mais nada. É triste, muito triste, ver um país com uma diversidade cultural, fantástica, se satisfazer com produções de “funks marginais” e de obras político-ideológica.

O que ficará para posterioridade? Nada, absolutamente, nada! Destruíram a cultura do país por conta de um discurso ideológico, acabaram com as produções culturais para atender as bandeiras de uma “minoria” ressentida, que quer se protagonista em tudo e a todo custo. Fabricam heróis e vilões, sem pensar na relevância cultural da obra, apenas por capricho. E assim, não produzimos nada de relevância cultural neste século e ainda fomos capazes de empobrecer a cultura do nosso país de tal forma, que hoje, mal temos uma cultura, apenas um arremedo de manifestações ideológicas.


A linguagem da estupidez

abril 14, 2023

Somos um país que, há vinte anos trocou a Educação de nossas crianças por um projeto de doutrinação de uma ideologia partidária e os resultados são estarrecedores, temos mais de 11 milhões de analfabetos no país, 30% da população de analfabetos funcionais e um sistema educacional jogado às traças, que não forma mais cidadãos e sim, militantes formados e estimulados a se preocuparem com a ideologia político partidária, ao invés de se preocuparem com obtenção de conhecimento.

Não bastasse esse triste quadro educacional, ainda temos que conviver, quase que diuturnamente com a ideia estapafúrdia da criação de uma linguagem neutra, como se isso fosse prioridade para inclusão de um grupo em nossa sociedade. Justo a nossa sociedade que não é capaz de incluir milhares de crianças surdo-mudas, com deficiência visual, com déficit de aprendizagem, com deficiência neurológica, mas quer na passa da força, instituir um dialeto de uma minoria histérica e vaidosa.

Defendida, insistentemente por doutores, mestres e especialistas formados pelo sistema de doutrinação ideológica implantado em nossas universidades, não se sustenta em seus argumentos, pois nossa língua pátria é muito maior do que um dialeto de uma minoria e a inclusão de uma sociedade na sua própria língua passa, antes de qualquer coisa, pela formação de nossas crianças, as ensinando sua estrutura, suas normas e suas regras, não é usando uma linguagem estúpida que vai se incluir seu povo em sua língua.

Outro argumento sem propósito e que demonstra que às pessoas, realmente não conhecem a língua pátria, e o de quê a língua é viva e está em freqüente movimento e, que por si só, este movimento linguístico seria suficiente para a inclusão dessa idiotice de linguagem neutra. A língua é viva na sua oralidade, não nas suas normas e regras; nas suas sintaxes; nos seus substantivos, adjetivos e predicados e, somente quando a maioria da sociedade pratica a oralidade de uma palavra é que ela se incorpora à língua, não na base da força e na imposição de um movimento.

A língua é o que há de mais sagrado em um país e nela não cabe, de jeito algum, qualquer intromissão em suas regras e normas, apenas para atender à vontade de uma minoria, a língua é herança de um povo, é o quê faz a comunicabilidade de um país e o quê mostra a unidade de uma sociedade, quando se tenta, a todo custo, querer imputar uma linguagem neutra em nossa língua, toda à sociedade é atingida por golpes de estupidez e ignorância que querem mutilar a identidade linguística de um país.

Há um sistema educacional devastado por vintes anos de doutrinação e ideologia que precisa ser urgentemente restaurado, pois é crescente a falta de discernimento de conteúdo e de conhecimento em disciplinas como história, geografia, matemática, português, valores e cidadania e vemos, uma minoria histérica e estúpida achando que o mais importante a fazer é implantar uma linguagem neutra nas escolas do país. Enquanto não se fizer um projeto de Educação para o país, ficaremos à mercê desses movimentos ideológicos irracionais.


A falta de um projeto de Educação

outubro 1, 2021

Há tempos que se busca uma educação de qualidade no país, mas, também, há tempos que a política não deixa que realmente se invista em um projeto de educação que mude a condição educacional por aqui. O que assistimos durante quase duas décadas, foi um projeto ideológico implantado em todos os níveis de ensino, com o objetivo claro de doutrinação de uma ideologia e não a preocupação com um projeto de educação contínua e duradouro.

A ideia educacional pregada e executada há quase duas décadas no país, passa longe de um projeto educacional e baseou-se no conceito de se manter o maior número de pessoas matriculadas nas escolas, em todos os níveis, sem se preocupar, de fato, com a qualidade do ensino ofertado, o quê importava eram os números de estudantes frequentando às salas de aula e sua evolução em números de anos estudados, o conteúdo estudantil, nunca foi importante.

Dentro dessa lógica matemática ideológica de mostrar a todos a evolução da educação no país, usou-se, de forma indiscriminada, o artifício de passar o estudante de série, mesmo que ele não reunisse as condições cognitivas suficientes para interpretar um texto, ou ainda proceder com os cálculos simples de matemática, o importante, era que ficasse, claro, quantos jovens estavam alcançando o nível superior de educação.

Essa política ideológica na Educação deu e ainda dá a impressão que se pensou em um projeto educacional a longo prazo para o país, um projeto que realmente se preocupasse com a educação e a formação de jovens, mas o resultado dessa política ideológica, é visto a olho nu, pois não são poucos os jovens com nível universitário, escrevendo errado, distorcendo fatos históricos e geográficos, sem saber cálculos matemáticos e sem interpretar um texto.

A Educação não pode ser moeda de troca ideológica, a falta de uma educação responsável na vida estudantil dos jovens tem um custo muito alto no país e quem paga o preço é toda a sociedade. Não basta enviar os jovens para cursar universidades e não formar bons profissionais, esse tipo de Educação é boa para a formação da militância, não para formação de um cidadão capaz de usar a cognição para enfrentar e resolver os conflitos da vida.

Enquanto a política pautar a Educação com uma plataforma que busque ensinar, muito mais uma ideologia política do que transmitir e estimular o conhecimento, o quê nós veremos, será gerações de analfabetos funcionais, com diplomas universitários, mas, profissionais, totalmente incapazes de executar suas profissões. Educação é muito mais que um diploma universitário, Educação é acumulo de conhecimento e aperfeiçoamento de habilidades.

Já passou da hora de tratar a Educação como um projeto de país, alheio aos interesses políticos e ideológicos de partidos, é preciso uma Educação, criada, pautada e gerida por quem realmente sabe o valor do conhecimento e pensa a Educação como o esteio para o futuro do país, buscando dar às novas gerações, as reais oportunidades de igualdade, senão, continuaremos um país, desigual e produzindo milhares de profissionais analfabetos funcionais.


A Arte não tem partido

agosto 27, 2021

Estamos vivendo os tempos mais tristes da nossa história, tempos de uma insuportável polarização política que acentua o tamanho da vaidade dos homens e mostra a incansável busca pelo poder e, na esteira dessa disputa, que está dividindo a população com um muro ideológico imaginário, muitas coisas têm sido fortemente afetadas e, entre essas coisas, a que mais tem sofrido é a Arte, que virou instrumento de política ideológica.

É claro que a Arte sempre foi política na sua essência, mas aqui, em nosso quintal, ela virou partidária e panfletária, atendendo aos anseios e desejos da ideologia pessoal de cada artista, que misturou o conceito do que seja Arte, do fazer Arte. A Arte é uma manifestação humana de natureza comunicativa e estética que procura discutir, incentivar, demonstrar, denunciar, refletir e, acima de tudo, representar a vida, mas com uma linguagem universal.

A verdadeira Arte, fala através de suas variadas linguagens e não se importa com a posição política, social, econômica e religiosa de seu artista, que tem o dever, de separar suas opções pessoais, da Arte que pratica. A Arte não se deve prestar, de peça militante para o discurso ideológico partidário de ninguém, o artista, levanta as suas bandeiras e a Arte, se coloca como instrumento para se discutir essas bandeiras.

Porém, a radicalização política aqui em nosso país, está destruindo a essência do que seja, verdadeiramente, Arte e muitas pessoas, entre elas alguns artistas têm buscado desqualificar outros artistas por conta da posição ideológica partidária do artista enquanto cidadão, jogando na vala comum, toda a grandiosidade e talento que o artista construiu durante a sua trajetória. Alguns artistas têm se mostrado, mais políticos do que artistas.

Uma pena, que a intoxicação causada por essa insana polarização política, que não está preocupada com o bem estar de nenhum brasileiro, acabou tirando o discernimento de alguns artistas, que perderam a noção de realidade e se distanciaram da grandeza da Arte, para se apequenar na disputa partidária, talvez em busca de alcançar algum benefício financeiro, uma bobagem, pois a Arte, feita com talento, alcança o inimaginável.

A situação por aqui é bem difícil e muito complicada, pois quem não se coloca ao lado de uma ideologia político partidário e não faz da sua arte, uma arte panfletária que atenda a certos segmentos da sociedade, acaba pagando um preço muito alto, mas a Arte é sempre maior do que qualquer artista e é ela que sem defender religião, partidos políticos, ideologias e classes sociais, ainda é capaz de trazer às mudanças que nossa sociedade precisa.


O Conchavo e a Arte

julho 23, 2021

Um artista sempre precisou ser livre de dogmas e de ideologias para poder retratar com total isenção, a verdade da sua arte, não defender bandeiras, e nem tão pouco militar sobre causas sociais, traz a completa independência para que um artista use a sua arte para cobrar justiça social, democracia, denunciar, criticar e retratar o comportamento humano e os rumos de uma sociedade, mas usar o talento para expressar sua arte, parece não ser mais suficiente para os artistas, a menos que eles estejam dispostos a certos conchavos.

É difícil para quem opta pela independência, pelo livre pensamento, por não se deixar influenciar por conchavos ideológicos, dogmas e políticas partidárias, fazer com que a sua verdade artística chegue a um número maior de pessoas, pois a velha política da confraria entra sempre em ação, boicotando quem não compartilha da mesma cartilha de um grupo de artistas e, hoje em dia, com a politização política, o artista que não comunga da ideologia político partidária da esquerda, vai enfrentar muitas dificuldades com sua arte.

A briga do conchavo contra o talento foi deflagrada e o artista independente é o atual alvo dos que usam a arte para militar por um partido político, por políticos corruptos e por uma ideologia que cheira a naftalina, de tão velha que é, e não importa o tamanho da obra, da estrada artística percorrida, do talento, dos prêmios, se declarou independência dessa briga política, está fora do jogo, se não pode emprestar a sua arte para militância, não é um artista, artista, para essa gente é quem se transverte de militante político partidário.

A arte, para essa gente, perdeu todo o seu sentido principal, deixou de trazer na sua base, a liberdade política, religiosa e social que possibilidade ao artista criar e se expressar sem amarras, sem preconceitos, sem panfletagem, livre de conchavos para agradar a este ou aquele, ao se tornarem refém de uma ideologia política partidária, esses artistas apequenaram sua a arte e passaram a falar só para uma parte, sendo que um artista, deve verdade, deve falar para todos, mesmo que uns e outros sejam atingidos pela sua faca afiada.

Mas, a arte é, e sempre será maior que essas pessoas que se apequenaram para defender ideologias e bandeiras, a arte de verdade é livre, não faz concessões e nem conchavos, a arte é feita de talento e o talento de um artista não deve ser negociado como permuta para se fazer parte de uma confraria, a arte não está a serviço de um grupo específico, e nem tem lado, ainda que alguns achem que tenha. Eu, enquanto artista, continuarei independente, de pensamento livre e lutando sempre por democracia e por justiça social.


A impossibilidade da discordância

junho 18, 2021

Às vezes até parece que não vivemos tempos democráticos, se considerarmos a independência das instituições, sempre fica uma dúvida, e o quê vemos se desenhar nas entrelinhas das decisões, é uma crescente tentativa de se  instalar uma ditadura do pensamento e do comportamento e tudo isso vem de quem brada por liberdade, de quem prega a igualdade, os direitos de manifestação e a liberdade de opinião.

Essa polarização política e todo esse quadro de disputa política e ideológica que vivemos, tem desnudado o discurso hipócrita de uma parte da esquerda reacionária e canalha que quer impor ao outro, ainda que seja na força, a impossibilidade de ser do contra, eles não aceitam opiniões contrárias e, muito menos, se rendem aos argumentos da coerência e do discernimento de quem enxerga os dois lados da situação.

Eles não querem a concordância de nada e com ninguém, eles querem a imposição de suas idéias, de suas opiniões, de seus pontos de vista e lança sobre a população uma tonelada de narrativas hipócritas e frases de efeitos, numa clara tentativa de doutrinação de sua ideologia, o pior, é que parte da população, fustigada pelo ódio que eles incitam diariamente, se deixam levar pelos seus discursos hipócritas e reacionários.

É claro que o Governo Federal não é gerido, neste momento, por alguém com discernimento e com a devida maleabilidade para que possamos praticar uma convivência pacífica no país e deixar com que as disputas políticas transitem pelo campo das ideias e não pelo pensamento quem vem da bílis, porém, o que vemos da oposição, é o radicalismo que querer leva de volta ao Governo, alguém que já foi comprovadamente condenado. O ódio, cega a razão.

A verdade é que a grande parte da esquerda reacionária e boa parte da ala radical que dá sustentação ao Governo Federal subestimam demais a inteligência da maioria da população, eles têm a convicção que vão conquistar alguma coisa a mais com essa polarização política e com essa disputa de quem vai conseguir calar a voz dos que não caem nas armadilhas dos discursos ideológicos e das narrativas hipócritas que eles lançam, diariamente.

A hipocrisia da esquerda canalha e o autoritarismo inconsequente do Governo Federal deixam bem claro que o Brasil necessita, urgentemente, encontrar uma via de conciliação, de alguém que entenda que as disputas devam ficar no campo das idéias e dos argumentos coerentes, sem imposição de ideologia político-partidária, nem tão pouco de uma ameaça de ditadura que tenta, todo dia, impossibilitar que o cidadão manifeste a sua discordância.


A política do medo

março 19, 2021

Que estamos vivendo a maior pandemia dos nossos tempos, isso ninguém tem dúvida, mas que algumas situações estão exacerbadas, isso eu também não tenho dúvida alguma. Hoje, diante da gravidade desta doença que assola o mundo inteiro, onde falta uma unidade de combate à doença, o que assistimos é uma política do medo que alguns governantes e alguns órgãos de imprensa vêm alimentando causando um pânico desnecessário à população.

E, se já não adiantasse a gravidade da pandemia, o país está vivendo o pior momento de uma polarização política que está fazendo mais mal e sendo mais nociva que o próprio vírus e à crescente evolução da pandemia, atiçando os ânimos das pessoas de lado a lado, pessoas que já estão saturadas depois de um ano convivendo com a doença. A saúde psicológica que anda abalada, tem que conviver com dedos apontados aos invés de mãos estendidas.

Nas redes sociais o quê se vê, é uma indiscriminada destilação do ódio, com um apontando o dedo para o outro, se culpando mutuamente pela evolução da doença. E culpam o Presidente, culpam os governantes, os que querem trabalhar, culpam os que querem ficar em casa, diante da crise, todos somos culpados e aonde deveria haver uma trégua, uma convergência para buscar soluções, vemos a política de amedrontar e apavorar a população;

Sempre vivemos no caos, nossa política de saúde pública, sempre foi um caos, entrou governo, saiu governo, mas o caos da saúde pública, nunca saiu, só piorou e com a pandemia, a situação está incontrolável, sem levar em conta, que o brasileiro é, por natureza, um ser que não respeita leis e regras, transgredi-las está no seu DNA., tem uns que até possam de bonzinho e pedem para ficar em casa, mas sempre acabam pegos na transgressão.

E como confiar em uma imprensa militante que usa o seu poder de alcance para propagar uma política do medo para população, dar voz a uma política de acusação implantada por adversários políticos, que faz revanchismo político, que ignora que muitas empresas estão fechando suas portas por penalizarem apenas alguns segmentos econômicos, que muitas pessoas estão ficando desempregadas e que a fome já está batendo à porta das pessoas?

A doença é grave, é óbvio que é, o mundo inteiro está sentido seus efeitos, há uma crise sanitária e econômica mundial, há muita gente sofrendo, muitas mortes, mas aqui, todos esses efeitos ganham contornos políticos por conta dos egos inflados dos políticos e a população, além de enfrentar a doença, agora precisa enfrentar uma política do medo, uma briga ideológica pelo poder, enfrentar acusações e a destilação do ódio pelas redes sociais

A verdade é que estamos diante da maior crise sanitária do planeta, e aqui em nosso país o que vemos é que tem pouca gente realmente preocupada em enfrentar a pandemia, tentando minimizar o caos, que já é inevitável pela própria gravidade da doença e sem precisar espalhar o medo, mas, também, por outro lado, tem muita gente que fomenta o caos e precisa desta política do medo para usá-la como arma em disputas políticas.  Que Deus cuide de nós!


Um país cada vez mais segregado

novembro 27, 2020

A cada novo caso de racismo, de homofobia, de violência, temos nos tornamos cada vez mais, um país segregado, estamos sendo divididos por uma guerra feita de, arrogância, vaidade e, acima de tudo, de muito egocentrismo. A ideia de que um ser é melhor do que o outro e que o outro, por ser diferente, não vale nada, vem se mostrando interminável, até porque, quem diz querer justiça, está, na verdade, praticando em seus atos, apenas uma vingança egocêntrica.

E o pior de tudo é que o radicalismo político em que vivemos neste momento, no país, tem corroborado para que cada novo caso de racismo, de homofobia e de violência, seja como um galão de gasolina a ser atirado no incêndio pelo qual estamos atravessando. E como tudo em nosso país, hoje em dia, é dividido em dois lados, todo novo caso vira uma guerra de acusações e defesas de pontos de vistas infindáveis que pregam vingança e não justiça.

A justiça não é uma questão de partido político, muito menos de uma ideologia partidária, justiça tem a ver com humanismo, com solidariedade, com se colocar no lugar do outro, de respeito ao que outro é, ou quer, justiça é lutar para que isso seja realmente um direito de todos, não como vem acontecendo hoje em dia e como faz, principalmente, a ala mais a esquerda, que precisa desses fatos para sustentar seus discursos antiquados e sem apelo social.

A desigualdade social em nosso país já é tão profunda, que quando politizam esses casos de racismo, de homofobia e de violência, o que acontece é que se vai alargando ainda mais a segregação, vai se dividindo a população com os lados dos malvados e o lado dos bons e, a classe política se mostra tão em desacordo com os anseios daqueles que querem de fato a justiça, que ao invés de corroborar com a luta pela justiça, atiça, ainda mais, o instinto de vingança.

É secular a desigualdade daqueles que estão na base da pirâmide social, e isto não é um caso isolado e histórico do nosso país, isto é a história da humanidade, em que sempre tiveram os injustiçados e aqueles que lutaram por justiça e isso não se consegue da noite pro dia, não é uma questão de querência, que amanhã a justiça será feita, isso é um processo que deve se sustentar por um projeto de educação e não por um projeto político ideológico.

Enquanto encararmos esses casos que acontecem diariamente como uma questão de defesa de uma política ideológica e deixarmos que a vaidade e a arrogância decidam o que é justo ou não, e que o ego individual seja maior que a vontade coletiva, continuaremos alargando a desigualdade social em nosso país e segregando cada vez mais a sociedade, em pequenos grupos, que jamais serão capazes de conquistar uma justiça social para todos.


A política destruiu as relações humanas

outubro 23, 2020

Houve um tempo em que se dizia que política, religião e futebol não se discutiam, mas se discutia sim, e tudo isso, bem mais amistosamente do que nos dias atuais, hoje a política ganhou uma relevância tamanha, que foi capaz de destruir as relações humanas. Tudo passou a girar em torno das posições políticas, dividiram o país em esquerda e direita e fomentaram o ódio a ponto de não haver mais espaço para tréguas entre um lado e o outro.

Ninguém mais ouve ninguém e nem está interessado em conhecer os pontos de vistas e os argumentos do outro, se não está do mesmo lado, não se precisa ter relações, vivemos em um clima de inimigos, em que o simples fato de se discordar deste ou daquele assunto, faz com essas pessoas sejam transformadas em “imbecis”, “idiotas” e até mesmo consideradas, gado de um rebanho político e isso por ambas as partes.

A convivência tem sido tão hostil, que xingamentos e ofensas viraram palavras de ordem e a discussão sobre qualquer assunto, se transformou, não há mais apenas as discordâncias de argumentos, há insultos e desqualificações rasas de lado a lado e o pior de tudo isso é que  a cada dia que passa, mais e mais se fomenta a discórdia e o ódio da população e não há mais nada, nos dias de hoje, que seja discutido amistosamente.

É muito triste poder constatar que uma população que exalava alegria e felicidade, ainda que com todos os problemas de desigualdade sociais que sempre nos acompanharam e que são tão presentes em nosso país, tenha sido transformada em soldados do ódio por conta de políticas ideológicas, que são sim, passíveis de discordâncias, pois não são donas nem da razão e nem da verdade, muito embora, cada um dos lados, ache que sim.

Hoje a ideologia política massacrou os ideais de um povo alegre e feliz e fez mudar o convívio e as relações humanas, agora é preciso ter muito cuidado com quem se fala, sobre o quê se fala e aonde se fala, um simples comentário despretensioso, ou uma opinião contrária, ou ainda uma discordância sobre qualquer assunto, pode ser o estopim de um linchamento social, sem que se possa ter tempo para defesa ou argumentação.

Até as redes sociais que foram criadas para estreitar laços e interligar as pessoas, facilitando o intercâmbio de oportunidades e de conhecimentos, virou terra dos ignorantes, não digo dos que ignoram os fatos por não saberem, mas os que fazem questão de ignorar por não quererem saber mesmo, ou por acharem que já sabem de mais, ou ainda que estão cobertos de razão e certos de seus posicionamentos e só fazem destilar insultos e agressividade.

É, chegamos ao fim de uma sociedade que perdeu a capacidade de se relacionar, de enxergar o lado bom das coisas, ou melhor, de enxergar todos os lados das coisas, de ser capaz de aceitar a opinião do outro sem ter de brigar, ofender ou ameaçar, se perdeu o respeito, não há mais o que amar nas relações, só existe o ódio, fomentado diariamente pela ira das ideologias políticas, que estão interessadas apenas em ter a soberania e a última palavra sobre tudo que nos cerca.


A ditadura do pensamento

setembro 25, 2020

Estamos vivendo tempos tenebrosos, em que a liberdade de expressão e a opinião individual das pessoas vêm sendo duramente controlada e sofrendo constantes processos de censuras e perseguições, ninguém mais tem o direito de expressar a própria opinião e se colocar contra essa ou aquela situação, ou você segue o que uma certa minoria acredita ser o certo, ou você vai ter sérios problemas para se expressar.

O mais engraçado nisso tudo, é que o policiamento do pensamento e da opinião alheia, vem, justamente, de uma parte da sociedade que auto se denomina progressista, de vanguarda, que preza a liberdade e luta pelos direitos comuns do cidadão. É para rir mesmo! Vivem praticando um policiamento ideológico e censurando a opinião e o pensamento alheio, depois discursam em nome da democracia e da liberdade de expressão.

Em que parte desse discurso auto intitulado de progressista, está a liberdade de expressão? A pior e a mais cruel ditadura que existe no mundo, é a ditadura do pensamento, quando o cidadão perde o seu direito de expressar sua opinião e é impedido de tomar suas posições de acordo com o seu pensamento, esse cidadão perdeu de vez a sua liberdade. A independência de pensamento é a maior liberdade de um cidadão.

Em hoje em dia, esse tem sido a grande luta que precisa ser travada, mas que alguns ainda não deram a devida importância, muitos ainda não enxergaram o perigo que estão correndo e, quando se derem conta, já não mais pensarão e nem opinarão por conta própria. A tática de acusar a opinião e o pensamento alheio de ofensivo à liberdade e aos direitos à minoria é uma arma muito competente para quem não está atento.

Quem quer ter seus direitos preservados, precisa antes de tudo, defender a sua liberdade de expressão e o seu direito de expressar a sua opinião, ainda que esta seja diferente e discordante da que pensam esses que estão interessados, apenas, em que seja produzido um pensamento monocórdio no país, em que as liberdades e os direitos estão apenas sobre o domínio de suas vontades. Não retrucar esse discurso é correr o risco de ficar sem voz.

É claro que a batalha não é fácil, às vezes a luta é até desleal, mas a verdade é que, para quem quer ser livre para pensar e emitir suas próprias opiniões, é precisa, antes de tudo, não cair nas armadilhas do discurso desses auto denominados progressistas, que acusam o outro de querer impor seus pensamentos e suas vontades à sociedade, quando estas são as suas reais intenções. Aquele que é livre para pensar e decidir, jamais será prisioneiro de uma ditadura do pensamento.